terça-feira, 27 de outubro de 2020

PERSISTÊNCIA E CRIATIVIDADE DOS PROFESSORES: NOVOS HORIZONTES PARA 2021- ELVIRA SOUZA LIMA

 


Informações e Inscrição - Persistência e criatividade dos professores: novos horizontes para 2021- link


O que as professoras e os professores estão pensando hoje, oito meses depois do fechamento abrupto das escolas? O que estão sentindo? Quais as preocupações para o futuro imediato? Como será 2021? Perguntei a vários educadores em funções de docência, de coordenação e direção. Inspirada pela diversidade de depoimentos, marcados pela emoção e pela determinação de buscar caminhos novos, me propus a fazer esta palestra-estudo. 

É o momento de fazer um balanço, olhar para frente e criar contextos para o desenvolvimento humano em 2021.


07 de novembro de 2020, 10h -11h30
Videoconferência via Sympla 


segunda-feira, 19 de outubro de 2020

ESCREVER E LER: O COMPLEXO CAMINHO DA AQUISIÇÃO DA ESCRITA NO CÉREBRO HUMANO - ELVIRA SOUZA LIMA

  PALESTRA ONLINE

Como vemos na reportagem publicada ontem, dia 18 de outubro, no jornal o Estado de São Paulo, alfabetizar é um assunto de relevância para toda sociedade. Todos podem aprender a ler e a escrever, mas chegar lá é um grande desafio. Hoje há um grande interesse mundial em saber porquê alguns aprendem e outros não. Para tanto é necessário recorrer às áreas de conhecimento que estudam o ser humano e a escrita, que é exatamente o que faremos nesta palestra-estudo no próximo sábado, Vamos ver qual o caminho para o cérebro chegar à leitura e à escrita.

domingo, 11 de outubro de 2020

Escola para quê mesmo?!

 Elvira Souza Lima


À medida que vamos nos aproximando do final de 2020, um ano sem precedentes, cabe refletir no turbulento período que a escola tem experimentado no mundo todo.

No ato 1 deste teatro do absurdo, do impensável, escolas se fecham no mundo todo. Primeira providência, passar para o ensino remoto. Mas tomamos consciência imediata da enorme desigualdade de condições da infância e da juventude no mundo todo.

Tecnologia digital e internet não são acessíveis a 20%, 30% até a 80% das crianças e jovens, dependendo dos países, de regiões de um mesmo país, de cidades, de bairros... Desigualdade intuída por alguns, suspeitada por vários, sabida por outros, porém não com a dimensão que a COVID19 demonstrou.

No ato 2, a figura do professor começa a tomar um vulto também sem precedentes, para quem teve acesso ao ensino remoto e também para quem não teve. Seja por meios tecnológicos digitais, seja pela TV, rádio, pelas sacolinhas (solução encontrada para que as atividades cheguem ao aluno sem acesso à internet, às vezes até mesmo sem energia elétrica), uma verdade se impõe: ninguém substitui professor.

Rapidamente se constata outra verdade: o mundo precisa das escolas.

De centro da docência, dos conhecimentos formais, de ensino da leitura, da escrita, da matemática, a escola começa a ser reconhecida como espaço necessário para a comunicação. Ah, a escola, espaço de cultura, de vivência simbólica, de partilhamentos, de emoções...

É o momento que, no contexto das restrições impostas pelo Covid19, começa a se ter saudades da escola. Saudade dos professores, dos amigos, dos alunos, da rotina em que comportamentos culturais e de vida coletiva são introduzidos, praticados e as novas gerações vão se formando como pessoas de cultura.

Começa a percepção geral de que escola é necessária para o funcionamento de muitas sociedades pelo mundo todo. É o momento que, também, começa-se a perceber que várias formas de organização social e de culturas não urbanas se saem melhor na vivência das restrições e no isolamento social que o COVID19 impôs.

No ato 3, a discussão se volta para a economia. As pessoas precisam voltar a trabalhar, mas as famílias precisam de suporte para cuidar de seus filhos, de forma que possam voltar para seus locais de trabalho e mesmo para trabalhar em casa. Home Office é algo desafiador quando se tem crianças e jovens pela casa.

Escolas não só são espaços de cultura, de docência e aquisição de conhecimentos formais. São espaços de acolhimento e guarda das crianças e jovens. Muitas vezes, também, de alimentação.

Quando começam a se evidenciar as consequências da COVID19 na saúde mental, a escola começa a ser vista como componente chave para se lidar com um problema que apenas se evidencia, sem se ter ainda uma ideia precisa de sua dimensão.

Estados de ansiedade, estresse, depressão se propagam de forma alarmante em alguns contextos. Cabe agora à escola se envolver, também, com esta dimensão das consequências do COVID19. Isolamento social, perda de pessoas próximas, desemprego são todos fatores que vão ganhando importância ao afetar o equilíbrio emocional e as relações pessoais.

Entramos, então, no ato 4 em que se começa a pensar a escola como o espaço promissor para criar um contexto adequado para atender aos desafios colocados pela permanência do COVID19.

A enorme diversidade de situações, atravessando todas as classes sociais e econômicas, as coletividades culturais e linguísticas nos apontam para a realidade de que as soluções e propostas para a educação e a organização serão, principalmente, locais. Em cada comunidade, cada bairro, cada escola as escolhas serão feitas pelas pessoas que aí vivem e interagem.

É o que temos percebido nos vários países em que as escolas estão voltando, enfrentando altos e baixos, surtos de contaminação, quarentenas parciais. Porém, em todas as situações as pessoas estão conscientes de que não há um modelo único a ser implantado, uma mesma resposta para todos, uma mesma solução para questões tão diversas.

E a escola assume, pouco a pouco, uma dimensão integradora da docência, da cultura e da saúde. Esta dimensão impõe o exercício da imaginação e da criatividade, exercício este que já começa a provocar uma movimento importante na redefinição da instituição escolar no mundo contemporâneo.


Cadernos do CEPAOS, out. 2020

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

ESCREVER E LER: O COMPLEXO CAMINHO DE AQUISIÇÃO DA ESCRITA NO CÉREBRO HUMANO - 24 DE OUTUBRO DE 2020, 10h-11h30 - PALESTRA ONLINE

 ELVIRA SOUZA LIMA 






Segundo Maryanne Wolff << existem 17 áreas no cérebro envolvidas no processo de leitura.  Basta algo dar errado em uma delas para que ler não aconteça >>

Em minha palestra-estudo do dia 24 de outubro falarei sobre a complexidade da apropriação do sistema de escrita que uma pessoa possa ler e escrever.  Não há uma constituição genética para ler e escrever.  São aprendizagens culturais.  Portanto precisamos integrar os conhecimentos disponibilizados pelas ciências do cérebro, pela antropologia e arqueologia, pela linguística e pelas artes.  E, naturalmente, pela própria pedagogia.

Todos podem aprender a ler e a escrever?  Quais são as dimensões internas da apropriação da escrita?  Como se encaminha a vivência do bebê para culminar no ato de escrever anos depois?  O que é indispensável formar no cérebro para ler com compreensão?  É bom alfabetizar em duas línguas?  Podemos considerar saber a ler uma ferramenta do pensamento?  O que a história da pedagogia nos ensina sobre a docência da leitura e da escrita através dos tempos?


Aguardo vocês!  

Elvira Souza Lima

Pesquisadora com formação em ciências de cérebro, antropologia, música, psicologia e linguística. Fez doutorado na Sorbonne (Paris, França), pós doutoramento em antropologia e linguística na Stanford University (Palo Alto, California, EUA) centrado em como reverter o fracasso escolar de meninas latinas na quinta série. Estudou no Collège de France Antropologia com Claude Lèvi-Strauss e Neurobiologie de l´Enfant com Julian de Ajuriaguerra. É formada em música com especialização em piano.


SYMPLA STREAMING

Este evento possui o conforto e a segurança de uma transmissão online via Zoom.us e a experiência com satisfação garantida pela Sympla.


INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES AQUI (LINK)

24 de outubro de 2020, 10h -11h30 
Palestra online

Inscrição R$ 30,00
em até 6x R$ 5,63

Inscrições até 21/10/2020